EUFORIA
O que resta de tempo? Estou sedento com os olhos vazados de sol da manhã. No braço tatuado, meu nome humano pra que eu não esqueça. Na cabeça uma sentença acesa...cresça e permaneça, ascenda. Desvie da seta e siga com sua oferenda até o mar. Não o ofenda.
Eu, sem tempo, meu eu de dentro deslocado pra frente, pasto descalço à beira da praia, pés ardendo. Sal dos meus olhos na branca espuma, memória alguma a me defender do que virei a ser. E sendo, este riso não posso conter, este pranto impossível deter, esta palavra me liberta, tem intento. Aufere ao portador portas abertas e o pleno gozo do contentamento.