MEU CANTO Á CRIANÇA! REVISADO

Ao ver a luz do dia

Uma criança chora.

Talvez de alegria,

Mas ela não demora,

Porque o sofrimento

A persegue e alcança.

E da fome o tormento

Faz chorar a criança.

Este canto que canto,

Ode de esperança

Duma alma sentida.

Ao amor ao encanto

Duma pura criança

Despontado p'ra vida!

Errando pelas ruas.

O corpo maltratado,

Pobres e quase nuas,

Quem será o culpado?

Ó homem tu que geras

A vida de um novo ser,

Porque através das eras

Fazes teus filhos sofrer?

Este canto que canto,

Ode de esperança

Duma alma sentida.

Ao amor ao encanto

Duma pura criança

Despontado p'ra vida!

Humano poderoso

Que dominas na terra,

Teu proceder odioso

Está virado p'ra guerra.

O mundo está em terror

Morte pula e avança,

Já não tem nenhum valor

A vida da criança.

Este canto que canto,

Ode de esperança

Duma alma sentida.

Ao amor ao encanto

Duma pura criança

Despontado p'ra vida!

NOSSA SOCIEDADE RUIM

ARRUÍNA A CRIANÇADA

COM DROGAS DE TODA A SORTE

CRACOLÂNDIAS PROLIFERAM.

AUTORIDADES DEIXAM ASSIM:

TANTA CRIANÇA DROGADA

CAMINHANDO PARA A MORTE

E ELAS NADA FIZERAM.

Este canto que canto,

Ode de esperança

Duma alma sentida.

Ao amor ao encanto

Duma pura criança

Despontado p'ra vida!

Despertem ó homens bons

Que este mundo ainda tem.

Dêem á vida outros tons

Troquem o mal pelo bem.

Lutar com esperança

Não é esperança vã.

Cuidem bem da criança

O homem de amanhã!

Este canto que canto,

Ode de esperança

Duma alma sentida,

Ao amor ao encanto

Duma pura criança

Despontado p'ra vida!

Nota do autor:

Poema incluido na obra épica intitulada:

AO NOBRE POVO BRASILEIRO

Victor Alexandre