DESTINATÁRIO: MORAES
As barcas abandonadas na deriva das nuvens que forjam a imaginação entre a janela do teu umbigo e a maresia nesse olhar de pássaro. Entramos as noites dormindo no orvalho bárbaro do canto das estradas que pulsam saudade.
No país de pipas fluídas, desafio a voz dos inocentes a gritarem para o céu no berro das candeias aluídas, pois aqui no nosso quintal a chuva já foi menos vazia.
A guitarra em ferrugem dedilha o passo do caboclo, amordaçado nos rincões e grutas, nessa flor de espinhos, o sofreu permaneceu seu acorde em meio as laranjeiras, calçando o velho chinelo do seu avô.
Bobagem, seria loucura pouca, nosso olhar hoje é para a lua, pois a menina dançará no mistério que é o planeta.