Setembro

Me condenei por ser eu mesmo

Fui infiel por não sufocar minhas vontades

Fui o mais indigno simplesmente por sentir demais

Agora não venham me dizer o que não devo ser

Esqueçam que as palavras me influenciam

Sei bem o que eu não quero

E não vou abrir mão do que eu sou

Eu não caberia naquele mundo

Por certo arrebentaria a sua órbita

E alguns não nasceram para findar assim

Vagando perdidos por causa do alheio

O viver é gigante inominável

Um labirinto sem paredes

E sábio é aquele que não anseia conhecer o seu final

Despreza seus atalhos e se joga

Na esperança de encontrar o que é seu

Hugo Eduardo
Enviado por Hugo Eduardo em 13/10/2007
Código do texto: T692776