Setembro
Me condenei por ser eu mesmo
Fui infiel por não sufocar minhas vontades
Fui o mais indigno simplesmente por sentir demais
Agora não venham me dizer o que não devo ser
Esqueçam que as palavras me influenciam
Sei bem o que eu não quero
E não vou abrir mão do que eu sou
Eu não caberia naquele mundo
Por certo arrebentaria a sua órbita
E alguns não nasceram para findar assim
Vagando perdidos por causa do alheio
O viver é gigante inominável
Um labirinto sem paredes
E sábio é aquele que não anseia conhecer o seu final
Despreza seus atalhos e se joga
Na esperança de encontrar o que é seu