Vento que passou
Veio de mansinho sem anunciação
Invadindo as brechas com calmaria
Trazendo incertezas e átimo da aflição
Ofuscando o brilho do sonho que viveria
Acordando em pausada alucinação
Como sopro fervente em incerteza fria
Destelhando toda esperança do coração
Trazendo chuviscos no bailado da euforia
Lavando dos olhos a imagem da atração
Impendido dos lábios o sorriso da alforria
É chuva cantando a nobre inspiração
O arco-íris narrando à fresca alegoria
O sol irradiando a deleitosa leva canção
As nuvens deslizam em lenta maestria
Vento que passou deixando a confusão
SANDRO PEREIRA
06/ 08/1969