As lagrimas do mundo
O que a natureza constrói
O homem devora com farinha
Farinha-natureza.
O céu cor-de-anís
Agora é cinzento
Da queima de cimento
Chamada trabalho
Que nós mesmos construímos.
O mundo é menino de olhos azuis
Perto do cigarro que engasga seus olhos claros
Vomitando fumaça
Irritando a retina
Que em lagrimas imploram
Lavando o rosto ressecado
Como a seca no sertão.
Esse menino ainda cresce
Vai cuspir o que fizeram
Vai afogar os cigarros
Com a pouca água que lhe resta
Vai ser o novo dilúvio
Sem Noé nem bicho
Da apenas um aviso
Cuidado, Há perigo!
Bicho-Homem em extinção...