MEMÓRIAS

Procura-se a alma escondida dentro de um corpo estranho,

Lembranças de um tempo perdido no precipício escalar

De uma vida medida na régua do destamanho

Na cadência do rebanho que para a ruminar.

Surpresas saem das caixas, abertas de par em par

E o que fazer prá lembrar rostos, sentidos, histórias

Se a dono das memórias foi-se a devanear

Na imaginação portentosa,

Ilusão maravilhosa

Onde se voa deitado,

Onde o véu esfarrapado

Balança soltando estrelinhas...

E num jogo de advinhas os dias se vão e voltam,

A verdade é uma anedota dita por entre os dentes

De um ser cego e demente

Que ora rir, ora chora...

Que mesmo sem ir embora

Já se foi prá não voltar.

Franz Znarf
Enviado por Franz Znarf em 08/06/2020
Reeditado em 23/12/2021
Código do texto: T6971366
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