Veruska !

O sol da manhã que me esquenta a face!

Faz corar o meu rosto mas não de vergonha !

Faz brilhar em meus olhos lembranças do tempo!

Ao longe, perdido, o som do sino que toca!

Chamando os fiéis para mais uma missa!

O topo da igreja com seu preciso relógio!

Dividiu nosso tempo em tempos passados!

Pelo dia podíamos enxergar mesmo ao longe!

Pela noite mais próximos a contar as estórias!

O cheiro da lenha perfuma a comida!

Ilustra com brilho minhas panelas de doce!

Pedaços das árvores que me conheceram criança!

Hoje me ajudam a resgatar meu passado!

Ardendo no fogo da contínua existência!

A cadela que sempre esteve ao meu lado!

Encarna e encarna nas novas cadelas!

No brilho dos olhos de todas às vezes!

Percebo a existência de um mesmo espírito!

Veruska!

Arthur Guilherme Justo
Enviado por Arthur Guilherme Justo em 17/10/2007
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