Valsa de vaga-lumes

O vírus é (in)visível

Veloz, vampiro

Não viram?

Violador de vidas

Visitante volúvel

(in)visível!

Será, por isso, não viram?

Virou a esquina

... A próxima vítima

O vírus (in)visível

Vilão vingativo

Não viram?

Veterano velado

Em outros anos

Vestígios vencidos

Agora, vento invade:

Vidraças, oratórios

Agora, via-crúcis... velórios!

Tem vozes... vorazes.

Velozes...

Gritos, atritos!

E vós?

Verniz na voz

Teto de vidro

Veludo, vitrine

Veneno, vacilo

Vagal, doido varrido.

“Ele não!”

...Vírus não!

Pátria violada, vazia

Vaza, vilão!

O vírus (in)visível

Viçoso, vassalo

Não viram?

Vigilante, vulgar

Vendido?

Será, por isso, não viram?

Partiram então

Para apertos de mãos

Validaram acordos e votos

Pediram, depois...

Ordem, oração.

Vigia... O vírus não tem religião

Este é, antes, inumerável legião

Rebelde, insubmissa

Não faz culto ou missa

O vírus (in)visível

Valei-nos a verdade

Em alta voltagem

O valioso verbo

Vosso... nosso

Em vital roupagem

E que venham virtudes

Versos, viços e abraços

Viralize a coragem

Valsas de vaga-lume

JANET VITAL
Enviado por JANET VITAL em 09/07/2020
Reeditado em 10/08/2020
Código do texto: T7001136
Classificação de conteúdo: seguro
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