Valsa de vaga-lumes
O vírus é (in)visível
Veloz, vampiro
Não viram?
Violador de vidas
Visitante volúvel
(in)visível!
Será, por isso, não viram?
Virou a esquina
... A próxima vítima
O vírus (in)visível
Vilão vingativo
Não viram?
Veterano velado
Em outros anos
Vestígios vencidos
Agora, vento invade:
Vidraças, oratórios
Agora, via-crúcis... velórios!
Tem vozes... vorazes.
Velozes...
Gritos, atritos!
E vós?
Verniz na voz
Teto de vidro
Veludo, vitrine
Veneno, vacilo
Vagal, doido varrido.
“Ele não!”
...Vírus não!
Pátria violada, vazia
Vaza, vilão!
O vírus (in)visível
Viçoso, vassalo
Não viram?
Vigilante, vulgar
Vendido?
Será, por isso, não viram?
Partiram então
Para apertos de mãos
Validaram acordos e votos
Pediram, depois...
Ordem, oração.
Vigia... O vírus não tem religião
Este é, antes, inumerável legião
Rebelde, insubmissa
Não faz culto ou missa
O vírus (in)visível
Valei-nos a verdade
Em alta voltagem
O valioso verbo
Vosso... nosso
Em vital roupagem
E que venham virtudes
Versos, viços e abraços
Viralize a coragem
Valsas de vaga-lume