Grudado na pele ...
Os poemas com que tu me tocastes
por onde a memória, os move
tateiam por poros, vezes tantas,
que os tenho grudados na pele...
Que importa se impolutos,
impúdicos?
A pele espelha a memória...
Até eu transpirar saudade...
até "pêndulo" que aponta pro norte
enfeitiçado de intenções, puras
levar até ti
a lembrança de mim...
olhos querem sentir o vento
deslizar no seu cheiro de vendaval.
Dilatadas as narinas,
parir sentires a atravessar-me a pele...
Do tipo, inteiramente originais
não há palavras que os descreva...
- belos, eram diferentes...
Da memória, prisioneiros
mal expirada a deliciosa sensação,
a mesma impressão, emergir...
Inefável,
já não era inatingível...
***
E essa impressão continua a envolver...
Com sua liquidez, emergindo
propõe volúpias especiais,
um amor desconhecido
como nunca dantes imaginado...
Conhecido apenas pelo prazer, sintonia
que proporciona,
impossível de descrever,
de ser lembrado,
denominado inefável...
https://www.youtube.com/watch?v=DTKA7TWSz88&list=RDP4XTG_kgATQ&index=6
(*) Imagem: Google