do alto, o canto solitário

eu assisto a batalha da torre

o sangue espirra das pedras

molhado os pés dos grandes

deuses, não há canto nessa

noite febril, apenas sua

boca cavernosa dizendo

medo, mas não cairei no

canto do vigário, o fogo

serve a esse homem que

cresceu, que salta o fogo

como as crianças pulam

corda, não desço não

subo, apenas suspenso

nas labaredas que explode

do coro de lavas, também

não é pra rir, ou ir ao mercado

o respeito vale para os dois

lados, no mais escrevo versos

leio livros, e vejo ilusões se

dilacerando á beira do precipício,

logo as janelas serão clarão de

uma vida mais viva

Ariano Monteiro
Enviado por Ariano Monteiro em 20/07/2020
Código do texto: T7011801
Classificação de conteúdo: seguro