PRELÚDIO

Miro teus seios de viés.

Intento violá-los,

desejo ardente ou vil,

admirá-los, bajulá-los e, finalmente, mordicá-los

ao eco de teus gemidos de luxúria e cio.

Almejo eriçar-te do lado do meu beijo,

- sinal de minha importância -

trilhar as trilhas de teus suspiros insinuantes,

caminhos de desnudar teu véu,

e marcar presença estelar em teu céu.

Cobiço teu abraço,

tocar teu traço, úmido.

Enfunar velas em mastro, túmido.

Vibrar o pêndulo em todos os teus sinos,

aço e bronze, choques e hinos.

Desejo possuir todos os teus sexos,

bolinar teus anexos,

atingir o ápice de teu plexo,

em sublime instante,

perverter completamente teu nexo.

Anseio te provar por inteiro,

o ciclo de teu cheiro,

teus veios, lábios e meios.

Balbuciam e vertem

e ferve o sangue.

Digna-se de tomar vinho em todos os teus cálices,

degustar teu mel,

mas...

não prometo te amar,

nem provarei de teu fel.

Quero apenas pulsar.

jocase
Enviado por jocase em 23/10/2007
Código do texto: T705641
Classificação de conteúdo: seguro