Vago
O olhar cansado pelo passado, relembra o brilho de antes.
Tão vivo...
Tão presente.
Hoje parece vagar por um caminho pelo avesso.
As mãos descansam pálidas sobre o papel.
Há tempos não se tocavam...
Mas parecem prontas para acolher o que há muito não digo.
Às vezes, não me sinto em mim.
Às vezes, apenas sinto muito...
Às vezes, não sinto nada.
Pego-me olhando para o vazio.
Questionada pela vida...
Questionando meus porquês...
E o que me vem de volta não é maior do que já trago dentro de mim.
As respostas, por vezes, é só permanecer...