Vago

O olhar cansado pelo passado, relembra o brilho de antes.

Tão vivo...

Tão presente.

Hoje parece vagar por um caminho pelo avesso.

As mãos descansam pálidas sobre o papel.

Há tempos não se tocavam...

Mas parecem prontas para acolher o que há muito não digo.

Às vezes, não me sinto em mim.

Às vezes, apenas sinto muito...

Às vezes, não sinto nada.

Pego-me olhando para o vazio.

Questionada pela vida...

Questionando meus porquês...

E o que me vem de volta não é maior do que já trago dentro de mim.

As respostas, por vezes, é só permanecer...

Silvia Coutinho
Enviado por Silvia Coutinho em 08/10/2020
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