Baobá
Quando eu tiver formigas nas órbitas
E escaravelhos no oco do crânio
Habitarei constelações proibidas
Navegarei oceanos de metano
Quando não mais vir da ardentia o reluzir
E o plâncton dissolver meus ossos
Estarei nas latitudes altas
Gretas e falésias serão meus despojos
Quando enfim terra nova eu for
E às raízes das árvores voltar
Crescerei baobá sagrado
Onde elefantes irão se coçar