Luares Adormecidos

Lençois do avesso

Pela cama os sonhos insones

De uma noite toda a ouvir estrelas

Remexendo calmamente

Meu corpo dormente,

Descubro escuro em mim.

Alma vagante

Sentimentos errantes

Insônia voraz!

Dóem os músculos,

a carne, a pele,

as víceras.

Tudo dói.

Tudo sinto.

Manhã de sol reluzente

Que exploda-se o mundo!

Quero dias cinzas e conversas tolas,

Quero sonhos bizarros,

quero café amargo,

quero um afago!

E ao deitar, quero sono profundo

a noite inteira...

Anamaria Moraes
Enviado por Anamaria Moraes em 29/10/2007
Código do texto: T714349
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