Luares Adormecidos
Lençois do avesso
Pela cama os sonhos insones
De uma noite toda a ouvir estrelas
Remexendo calmamente
Meu corpo dormente,
Descubro escuro em mim.
Alma vagante
Sentimentos errantes
Insônia voraz!
Dóem os músculos,
a carne, a pele,
as víceras.
Tudo dói.
Tudo sinto.
Manhã de sol reluzente
Que exploda-se o mundo!
Quero dias cinzas e conversas tolas,
Quero sonhos bizarros,
quero café amargo,
quero um afago!
E ao deitar, quero sono profundo
a noite inteira...