Hora viva

Por toda parte cai a chuva de primavera

Desde as primas eras serenos setembros têm cheiro da eterna

terra molhada... a relva... o bosque

Profusão de flores, de cores e sabores mil

Dia após dia eu só enxergo a luz infinita dos olhos teus

Serenos azuis sem fim

Perdidos em distâncias siderais

Trilhas repletas de nuvens

Doces algodões coloridos

A lua cheia derrete

É hora viva e quente

E você, fauno meu, me conduz

Por estes tempos arcádicos em chamas

Entre estrelas e luzes ardentes

Vou ansiando por relvas verdejantes

Para enfim, tua ninfa eu ser.

Carla Neumann
Enviado por Carla Neumann em 30/12/2020
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