LIMITES POR DETRÁS
Quero chegar como um sonho laico,
tocar teus lábios de fluído mosaico,
deitar sobre teu dorso ondulante e prosaico,
acariciar tuas costas,
a princípio suave, tal como gostas.
Tocar-te por detrás,
guiado por ferormônios,
liberar instintos naturais,
cândidos, mas carnais
contracenar com tuas curvas nervosas,
penetrar teu mundo opulento
e bulinar teu fundo suculento.
Desejo tocar seios, lábios e meios
Trocar leites sob corpos imbricados
Breves deleites de permeio
Num lançar sem cuspir
Num sugar que não suga.
Num sentir querer mais
Hei de vibrar teu ondular lento,
lancetar tua aura adormecida,
arrancando-te um grito quase humano.
-Liberdade de alma estremecida
ao final do ato profano.
Suporto teu relento,
que oscila entre a devassa e a dama
ora santa, ora insana,
e todas as lamúrias de viúva branca.
Aceito jungir sob o ferro e a tranca,
permito que me tornes prenda,
mas...
não queiras ser a minha viúva-negra!
Preciso do dia seguinte...