Da janela

A tarde colorida pelo sol de verão

Enchia o mundo de dourado

Ternas flores dançavam a linda canção da suave brisa

Na praça antiga os anjos no alto da catedral

Olhavam candidamente para o céu azul

Pessoas passavam apressadas

Subiam e desciam sem se dar conta de tanta beleza

Não viam os flamboyants deslumbrantes

Plenos com suas flores encarnadas

As borboletas feiticeiras iam sugar seu néctar

Coloridas e atrevidas elas dançavam no ar

Profusão de cores, bateres de asas

Como eram assanhadas as borboletas

Borboletas feiticeiras, lindas e faceiras

Luzes brilhando no céu da cidade

Vida pulsando em todos os lugares

A brisa fresca que vinha do mar

Brincava nas flores a balançar

Vidas que ninguém se dá conta

Beleza exuberante que ninguém repara

Só a menina da sua janela no alto do prédio

Vê todo esplendor que a praça retrata.

Carla Neumann
Enviado por Carla Neumann em 14/01/2021
Reeditado em 14/01/2021
Código do texto: T7159394
Classificação de conteúdo: seguro