O EU EM FUGA

A beleza física é superficial

A existência grita

Começa a ouvir.

A armadura da certeza

É o eu em fuga

Os guias de existência envelhecem.

O ser humano tem alma

Sangra todos os dias

E busca muletas emocionais.

Só se aprendem a usar e serem usados

Orgulhosos como Lúcifer

Os objetos sensíveis os despertam.

Alienados na posição de objeto

Tudo tem preço

Compra o tempo.

Só conhece o valor de uso

que se paga para obter

com o coração no bolso.

Sem conhecer seu equivalente

vê com os olhos alheios

servindo para serem usados.

De Fernando Henrique Santos Sanches - Fernando Febá

Fernando Febá
Enviado por Fernando Febá em 16/01/2021
Reeditado em 16/01/2021
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