MORTE SÚBITA.
Nota triste
no rodapé da imaginação.
Morte súbita!
Lá se foi o amor!
Fenda, fundo buraco,
gotas de lágrimas
hão de cair,
duvido que não caia.
Os amantes se contorcem,
a moça delira,
a morte é uma paulada,
deixa o eco de um tiro,
um oco de um vazio
das pálpebras fatigadas.
A morte levou o amor,
deixou a poeira da estrada ,
secou as águas do rio,
deixou a luz apagada,
tudo se contorcem,
os corações disparam,
nada a fazer
além de esperar,
o tempo e sua borracha.