Sublime
Corpo, tolo corpo
Não sabes da minh'alma a metade;
Dos sentimentos que me invadem
És demasiado leigo.
Conheces o que deixo
Ou o que me roubas do diário.
Corpo, tolo corpo;
Rasa superfície de juventude,
Ignorando minha maturidade,
Ditas sobre mim o desejo
Para que assim eu pouco veja
Das profundezas de minha verdade.
Sou presa em tua teia;
Vítima de hipnóticos espirais.
Ainda que te tente controlar,
De ti por vezes sou escravo.
Mas ao mergulhar de volta
Em minhas águas revoltas,
Livro-me de tuas rimas soltas
E em sanidade eu me lavo.