Sublime

Corpo, tolo corpo

Não sabes da minh'alma a metade;

Dos sentimentos que me invadem

És demasiado leigo.

Conheces o que deixo

Ou o que me roubas do diário.

Corpo, tolo corpo;

Rasa superfície de juventude,

Ignorando minha maturidade,

Ditas sobre mim o desejo

Para que assim eu pouco veja

Das profundezas de minha verdade.

Sou presa em tua teia;

Vítima de hipnóticos espirais.

Ainda que te tente controlar,

De ti por vezes sou escravo.

Mas ao mergulhar de volta

Em minhas águas revoltas,

Livro-me de tuas rimas soltas

E em sanidade eu me lavo.

Tom Cafeh
Enviado por Tom Cafeh em 12/02/2021
Reeditado em 13/03/2021
Código do texto: T7182786
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