JOGO DO AMOR

Lancei os dados à mesa

Claras menções aos enigmas

Meus velhos burlescos estigmas

Sonhos cansados, fácil presa

Joguei as cartas à sorte

Ânsias, devaneios e instintos

Na espera de um lance sucinto

Um prazer que ao tempo suporte

Me arrisquei num vale escuro

Cheio de dúvidas, curiosidades e medo

Talvez nasça um belo segredo

E dentro dele, exista um claro futuro

Ou talvez, pereça a frágil flor da ilusão

E sobre ela, sopre o vento obvio

A lógica absurda, esse torpe ópio

Que remete os loucos, novamente à razão.