Pequeno Poema

Em lentos passos, como ferro que se rende à chama, lembranças preenchem os espaços no calor de quem se ama. Do parapeito, tempos selados, lágrimas emolduram segredos no meu semblante, perdido, gelado. Como um canto que esconde o choro, do silêncio ouve-se apenas gritos calados, como soluços de socorro, pois cálidas, pálidas e nuas estão as nossas ruas. Apago a luz, abro a janela e lá fora, como um sopro, para o teu íntimo o vento me leva, oh! interminável espera.

Mário De Oliveira RSA
Enviado por Mário De Oliveira RSA em 09/04/2021
Reeditado em 09/04/2021
Código do texto: T7227505
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