Labirintos da Alma

Minh’ alma tem seus esconderijos
lugares que nem eu conheço;
estradas por onde eu caminho,
sózinha,
esquinas que eu atravesso.

Minh’a alma tem sua vielas,
ruas e becos sem saída
caminhos escuros onde as vezes corro
e peço socorro,
quando ela me deixa assim, perdida.

Tem recônditos perdidos a minh’alma:
montanhas, cumes e um mar revolto
tem recantos de paz onde eu descanso
e tem pequenos rios, de águas calmas.

Tem canteiros de amores perfeitos
florescendo em todas primaveras,
flores do campo roxas e amarelas
que quase crescem prá fora do meu peito.

Minh’alma tem matas tão densas
e labirintos que eu não desvendo,
Minh’alma tem coisas tão intensas
e muitas delas...ah, nem eu entendo!