POEMA ETERNO.

É assim deste jeito,que ti gosto,

se ajeitando para me encontrar,

furioso são os ventos que lhe tocam

os cabelos,

e suave é o perfume solto no ar,

de sua derme colho o calor,

e dele me aqueço e me sacio,

seus olhos fixos, sua boca seca,

ventila versos na minha trilha,

vem cá minha flor,

cadê você, minha amada,

meus versos madrigais,

minha voz te busca neste além,

ah amada,

seus olhos são minha cama,

onde estico meus lençóis ,

ajeito o travesseiro, e me projeto,

tudo em ti é a gota que me sacia,

não te amo como um louco,

te amo como se ama a vida,

suave,cadenciado e real,

não conheço outro modo

de te amar,

é deste jeito que te amo,

se assemelha a um dia

de primavera,

trazendo flores no teu olhar,

e teu sorriso quando me vela,

é a mais bela canção de ninar.

Ah minha amada,

vago nas noites escuras

procurando estrelas para

alumiar meus ais,

e te encontro na primeira esquina,

e o clarão me vem,

e a caneta se ajeita no papel

e rabisca um arco-iris.

te amo de forma oculta,

respeitando o que a boca que gritar,

te amo inconsciente,

tentando descobrir este amor

que nasceu do nada,

como uma centelha que brilha

no pó da estrada,

está relva molhada da manhã

te revela, e me sinto aflito

com tua ausência,

ah minha amada,

seus laços de fitas moram em mim,

como o meu jeito te desenho assim,

sabe, é por ti que suspiro,

e este fogo que agora me incendeia,

é o fogo que faz morada em te,

te quero febril e flamejante,

de forma que possamos fazer

um clarão na noite escura,

e na manhã seguinte colher

os frutos do nosso esmero,

agora me desligo de tudo,

e paro por um estante meus versos,

e neste momento vou morar em te.

e morando, viramos apenas um,

até adentrarmos na eternidade.

Angelo Dias
Enviado por Angelo Dias em 02/05/2021
Reeditado em 02/05/2021
Código do texto: T7246407
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