Meu caminhar

Alcei o voo ainda trêmula

Como se fosse anátema

Com uns desejos drásticos

O corpo banhado de sal e lágrima

E o céu em cinza batalha elétrica

Caindo em tempestades enérgicas

De um domingo frio e estático

Da terra e suas areias místicas

No sono dos moribundos súditos

Elevando o pensamento ao cúmulo

Dos horizontes etéreos e mórbidos

No mais, era eu árvore grávida

De coloridos e doces frutos bárbaros

E um caule de raiz profunda, cálido

Descortinando véus e breus dramáticos

Da chuva encharcando o chão telúrico

Para ver na limpa água o meu reflexo

Deixar a vida ser outra vez básica

E principiar em ser feliz e lúdica

Apesar da marca rígida e fática

Fiz do meu caminhar um ato mágico.

JANET VITAL
Enviado por JANET VITAL em 04/05/2021
Reeditado em 22/12/2021
Código do texto: T7247951
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