Retirante

Bem ao longe vejo a serra

É miúda de distância

Ao passado muita espera

Neste tempo de errância

Do meu peito em choro e guerra

Mas o errante um dia cansa

Lá distante vejo um velho

Sei quem é e me apresso

No seu olho o amar sério

De mais distância me despeço

Vai nascendo mais mistério

Do sempre andar pro lugar verso

Águas, aves, plantas, frutas

Inda presentes cá estão

E o coração mulher escuta

De novo a voz do filho joão

Que mar de hãs, rosas e lutas!

Que sem fim o caminhar ser tão!

Francisco Josivan
Enviado por Francisco Josivan em 06/11/2007
Reeditado em 12/11/2007
Código do texto: T726130