UM DIA DE POESIA
No alvorecer, um alvoroço de pensamentos
saltam da cama
Se espreguiçam, se banham e se transformam em sopa de letrinhas no meu café da manhã
Entre as folhas
Ventos sopram as palavras que tatuam a alma
O sol traz mensagens que douram a pele
Quando (só) se põe, o olhar contempla perdido um horizonte de significados intrínsecos
A noite chega com suas estrofes de lua
Com pingos nos ípsilons
(Loucuras, quase nuas, se insinuam nos brindes das taças, já vazias)
Parágrafos de estrelas
Reluzem versos na madrugada
Na calada da noite
O poema não cala
O dia não acaba
E a sala ensaia, sem saia
Mais um nascer de lençol