PARTO DO PRINCÍPIO


Um decote breve instante
de encontro consigo de
executar a bela fantasia
que a noite havia feito dela
Das elas todas fazendo
coisas estranhas no palco
pra depois dormir tendo
pesadelos e conceitos sobre
algum defeito deixado entre
todos aqueles outros sabe
se lá qual dos loucos fazia
parte do encontro e o mal
do sonho era que ficava
sempre diferente do presente
nenhum segredo guardado
Minha cama desarrumada por
mim mesma dormida e fria
 vinha me fazer perguntas
Você esteve naquele lugar ?
Este gosto na língua e o sabor
no céu da boca é alguma bebida
 aquele homem a beijou?
Será que você saiu mesma ontem
quando havia se vestido de
um belo teatro de vestido
pra por toda máscara bem vinda?
Vida sem máscara, coitada!
Sina em valsa vazia entre
mesas de estranhos falando
e vendo os belos lustres 
Brilhando sobre o que parece
ser uma noite vivendo em mim
E eu aqui desaforada contra
as coisas que não se movem
se quer falam tendo vozes
aos meus insultos e gritos
Depois de irmos eu e meu
corpo assassinado por
duas doses à qualquer
lugar pra querer acordar
Sentindo pelo menos alguma
dor que pareça enganar esta...
que agora sinto por dentro.