INSANA ÂNSIA

Depois daquele inefável momento

Do atrevido e lascivo olhar

Do arrepio no inesperado tocar

Daquele espaço eternizado no tempo

Cresceu uma insana ânsia animal

Despertando os instintos primitivos

Num indelével querer reativo

Numa guerra sem fim, entre o sonho e o real

E hoje, no auge do amor solitário

Na força leve da imaginação

Me deixo entregue, ao prazer da ilusão

Fantasiando uma viagem sem itinerário

E sigo, na esperança de um simples toque

De um sorrir sensual e provocador

De um descuido proposital e sedutor

De uma nova excitação que me conforte.