Levas

Velhas problemáticas de um universo cinza,

Cansado dos dizeres do sempre mesmo ranzinza

Passeia por entre os montes

E em cada beco se pinga.

Não socorre o mendigo que foge de sua própria agonia,

Não acorda o bendito que dorme em meio a escuridão vazia.

E a sós, continua só, sem nem sua companhia.

Ignora sua vida, e sua própria maestria.

Se não consegues distinguir por hora não distingue.

Se não intenta em reagir, por hora se faz inepto.

Se por hora não quer sorrir, se deixa por ser seu teto.

Se vê, ao ser seus próprios pensamentos.

Lá ao monte não vê estrada,

Nem tampouco estreita trilha.

Lá ao monte não vê regato,

Nem mesmo pequeno rio.

Mas em si enxerga águas

Mas em si "re traz" caminho

Pois do monte se faz chegada

E da chegada conduz destino.

E o nada se leva ao tudo,

E o impasse se torna leve

Quando o olhar da cambalhota

E por trás vê seus respingos.

Claudemir Evangelista
Enviado por Claudemir Evangelista em 18/06/2021
Código do texto: T7281969
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