Os dias sem futuro

numa cruzada de limpeza

nomeando o divino para perdoar

as lâminas afiadas da rudeza

que tiraram a vida no amaldiçoar

os dias sem futuro que ficaram

num presente sem adeus, amadureceram

numa montanha sem cume e voaram

para o outro lado onde entardeceram

e a alma penou num abismo sem fim

num adeus que os adormeceu na vontade

do verdadeiro Amor que não era festim

que os levasse a voar, sem necessidade

Manuel Marques
Enviado por Manuel Marques em 02/07/2021
Código do texto: T7291442
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