Os dias sem futuro
numa cruzada de limpeza
nomeando o divino para perdoar
as lâminas afiadas da rudeza
que tiraram a vida no amaldiçoar
os dias sem futuro que ficaram
num presente sem adeus, amadureceram
numa montanha sem cume e voaram
para o outro lado onde entardeceram
e a alma penou num abismo sem fim
num adeus que os adormeceu na vontade
do verdadeiro Amor que não era festim
que os levasse a voar, sem necessidade