"à beira do nada"

Eram vidas...
Numa falange vencível
pelo cansaço.
Desafiavam no brilho da íris,
impossíveis obstáculos

Areia ventarolando
seca incessante,
corpos pela estrada.
Do agouro não se falava,
numa peregrinação,
que sequer os fortes...

Todos, a busca dum horizonte,
que mar nenhum alcançaria.
Anseios  por uma esperança,
que não aconteceria...


Terra, sangue e suor.
Sucumbindo à beira do nada...
No mais, imensidão e caos,
nesse acre mister de ironia.

08/07/21