PAGANDO PECADOS

O peito explodindo

Numa tarde sem temperatura

Quem está sorrindo?

Á essa altura

A dor não tem mais cura

O sopro do amor venta com a força da razão

Deixando de lado toda emoção

Ficando à mercê dos fatos

Se influenciado por alguns vistos hiatos

E outros boatos

Somando com o que os olhos vêem

O que se ouve

Impurezas sem sabor

Nessa faze o que mais se tem

É a desconfiança aumentando de valor

O gostar ficando em dúvida

Espantando a ternura

Turbilhão de pensamentos rodando sem saída

Relação deixando de ser pura

Dois corpos no mesmo espaço

Antes juntos como um só

Agora separados

Da até dó

Molhados

Desatando a cumplicidade do laço

Dentro dessa bolha escura

Das angustias do sofrimento

Vem um abraço

O irmão na sua loucura

Espanta a lágrima do tormento

Quem se assume não precisa dizer

No silencio da dor

Qualquer palavra pode matar

Depois não adianta assoprar

Mais um degrau acabou de descer

Pagando os pecados

Sem ter como fugir

Cada um com seu merecimento

Cercado por todos os lados

Além de se assumir

É ter esperança de um melhor momento

Visite: http://atorsid.zip.net/

Sidnei Oliveira
Enviado por Sidnei Oliveira em 09/11/2007
Código do texto: T729807