PAGANDO PECADOS
O peito explodindo
Numa tarde sem temperatura
Quem está sorrindo?
Á essa altura
A dor não tem mais cura
O sopro do amor venta com a força da razão
Deixando de lado toda emoção
Ficando à mercê dos fatos
Se influenciado por alguns vistos hiatos
E outros boatos
Somando com o que os olhos vêem
O que se ouve
Impurezas sem sabor
Nessa faze o que mais se tem
É a desconfiança aumentando de valor
O gostar ficando em dúvida
Espantando a ternura
Turbilhão de pensamentos rodando sem saída
Relação deixando de ser pura
Dois corpos no mesmo espaço
Antes juntos como um só
Agora separados
Da até dó
Molhados
Desatando a cumplicidade do laço
Dentro dessa bolha escura
Das angustias do sofrimento
Vem um abraço
O irmão na sua loucura
Espanta a lágrima do tormento
Quem se assume não precisa dizer
No silencio da dor
Qualquer palavra pode matar
Depois não adianta assoprar
Mais um degrau acabou de descer
Pagando os pecados
Sem ter como fugir
Cada um com seu merecimento
Cercado por todos os lados
Além de se assumir
É ter esperança de um melhor momento
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