CUIDADO POR ONDE ANDA

Passa por onde se foi

Passando na volta da minha

Demora não sabe esperar

Derrama meu choro sem rima

Morre e nasce de novo

Qualquer destampado vazio

Sangra e estanca no sopro

Sopra a sopa do mendigo

Rios de muitos sabores

Céu de todos as cores

Acordes da melancolia ouvida no sinal

Abre e implora

Sinta-me novo, sinto-me culpado

Foram roubadas as flores mais reluzes

Não debruce sobre a janela

Está sujo o parapeito

Além de poeira têm histórias macabras

Ascenda uma vela cega

No cerol da tramela

O pelo do gado novo

Biscoitos que deixei cair no copo

Viraram bezerros desmamados...

Pisei no estrume, que merda!

OSMAR ZIBA
Enviado por OSMAR ZIBA em 21/07/2021
Reeditado em 22/07/2021
Código do texto: T7304382
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