Iudicanda sum

Julgam-me louca. Eu sei!

Crêem eu não ter juízo para

Ter um caminho que eu

Consiga seguir.

Só por quê não compartilho

Da hipocrisia de fingir

Não ter sentimentos humanos?

Desculpem-me, prefiro seguir

Minha própria doutrina.

Não pretendo sucumbir

À insana e infundada ética

Baseada em fantasias

Inantigíveis.

Sei bem o que sou, não tenho medo

De olhares contendo reprovações vazias.

Tenho a mente aberta a críticas

Tudo depende de seus fundamentos.

Não desejo e não espero

Ser compreendida e adorada

Apenas desejaria o que todos

-Sim, os mesmos que me condenam-

Necessitam e aos seres é de direito:

Respeito.

Tenho plena consciência do que faço

e tão diferente dos que me atiram

Pedras e falácias

Procupo-me em não quebrar

Paredes alheias

Tão pouco ferir ou reabrir

Feridas cicatrizadas.

Que pensam vocês, meus algozes,

Quando condenam-me ao inferno?

Realmente acreditam eu um dia

Ter de prestar contas de meus

Supostos mal feitos?

Tenham certeza vocês

Que o inferno do qual

Tanto fogem de forma

Descomunal

Nada mais é que a vida

Medíocre que levam

Deixando de fazer o que querem

Por medo do julgo do seu

Próximo!

Ursel Schwartzinger
Enviado por Ursel Schwartzinger em 11/11/2007
Código do texto: T733185
Copyright © 2007. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.