Iudicanda sum
Julgam-me louca. Eu sei!
Crêem eu não ter juízo para
Ter um caminho que eu
Consiga seguir.
Só por quê não compartilho
Da hipocrisia de fingir
Não ter sentimentos humanos?
Desculpem-me, prefiro seguir
Minha própria doutrina.
Não pretendo sucumbir
À insana e infundada ética
Baseada em fantasias
Inantigíveis.
Sei bem o que sou, não tenho medo
De olhares contendo reprovações vazias.
Tenho a mente aberta a críticas
Tudo depende de seus fundamentos.
Não desejo e não espero
Ser compreendida e adorada
Apenas desejaria o que todos
-Sim, os mesmos que me condenam-
Necessitam e aos seres é de direito:
Respeito.
Tenho plena consciência do que faço
e tão diferente dos que me atiram
Pedras e falácias
Procupo-me em não quebrar
Paredes alheias
Tão pouco ferir ou reabrir
Feridas cicatrizadas.
Que pensam vocês, meus algozes,
Quando condenam-me ao inferno?
Realmente acreditam eu um dia
Ter de prestar contas de meus
Supostos mal feitos?
Tenham certeza vocês
Que o inferno do qual
Tanto fogem de forma
Descomunal
Nada mais é que a vida
Medíocre que levam
Deixando de fazer o que querem
Por medo do julgo do seu
Próximo!