Só.

Se a mão que arremessa

A bola, é a mesma

Bola que rasga a atmosfera

E rasga o ar, rompe

Barreiras,

Veloz, certeira,

É a mesma mão.

A bola que rompeu o ar

E entra na cesta

Que é a mesma

Bola que é a mesma mão

Do mesmo atleta,

Pé no chão

Que é o mesmo pé

Do mesmo atleta,

Que olha o placar

- implacável –

E acerta a cesta

Acerto final de contas.

Olhou ao redor,

Estava só na quadra,

Foi ele todo o tempo

- só –

.

A mão, a bola, o arremesso, a cesta,

Três pontos no placar final

E o arremate fatal.

Cai de joelhos,

E o grito final ecoa

Nos espaços vazios de plateia.

Estava só, nem luz mais havia.

Jeanne Geyer
Enviado por Jeanne Geyer em 15/09/2021
Reeditado em 11/11/2021
Código do texto: T7343080
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