Lamento
Ai Capibaribe!
Ai Capibaribe!
Teu
insensato
leito pútrido,
Turva
na imundície
das águas,
a lenta agonia
dos peixes
e a angústia
das palavras.
Almas em Silêncio.
Um mar
de esgoto
incólume escorre
às margens
de teu rosto ,
Dantesco
círculo vicioso
que exulta
dejetos
a bailarem .
Espelho
mórbido de água,
insana superfície
que reflete
um odor Tísico
A Sepultura,
Á Vinhoto,
A Esgoto,
Á Desgosto,
À morte do Homem
e a morte do Rio.
Ai Capibaribe!
Ai Capibaribe!
Do livro Fogo de Lua & outros poemas.
Recife:UBE/PE,2004,p.20.
PS: Todos os meus poemas estão devidamente registrados no escritório de direitos autorais da Fundação Biblioteca Nacional/Rio de Janeiro/Brasil