A ESCOLHA

De repente...o inferno ou o paraíso

Não há outra saída, opção ou porta

Ou se herda o castigo ou o que conforta

Ou se ganha a lucidez ou se perde o juízo

Decida...é o bom ou o mau

Não há outra via, outra opção

O real cinza ou as cores da ilusão

Aquela triste alegria ou o mistério sideral

Ou se cheira a céu ou se fede ao aquém

Ou se é encanto ou se vive ao leu

Ou se bebe do mal o amargo mel

Ou se traga o doce fel do bem

Ou se goza ou se sente dor

Mas, se sofrer é sinal de vida

Deixe que sangrando siga a ferida

Para que o poeta viva, a morrer de amor.