Singular.

Um muro diamantado irrompe com a alva,

Ao fim de uma madrugada aparentada do perpétuo,

Esvaindo o esforço de uma caminhada que aos poucos mostra-se fria, simulada.

E a frequente permanência nesse curso onde a parada é certeira

Ao longo de várias voltas, deixa o fuso confuso de onde a carreira retorna.

O primo, irmão do quatro, marca essas voltas e as paradas diante deste óbice.

A espera só aumenta e os gritos não o cruzam ecoando antes do destino,

Juntando-se ao tilintar rebatido num afinco imaginário de se fazer ouvir,

Ou desfazer a virgula que aparta,

Norteada pelos afãs tomados pelos mais intensos anelos.

Esta rota viciada exaure a força pouco a pouco e de forma demasiada,

Que a margem mais longínqua que se possa imaginar está tão perto,

Mas não permites enxergar, nem alcançar!

E o arroubo que fixa o egresso faz-se extraordinário,

E extraordinariamente singular.

RENATO SANTOSS
Enviado por RENATO SANTOSS em 06/10/2021
Reeditado em 06/10/2021
Código do texto: T7357671
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2021. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.