LEMBRANÇAS DE UMA NOITE.

Ajeito o travesseiro,

coço a cabeça.

A noite começa a castigar,

coloco no nada o olhar.

Estico ebúrneo lençol

desfaço do bigode o nó.

Apago a luz embaçada

no escuro dou risada.

Me banho de todas ilusões,

bebo e como porções de solidão.

Me apequeno tal qual um bobão,

viro, remexo sem intenção.

O passado me espeta,

a pontas de agulha fina.

Enquanto a noite vai passando,

vou ansiosamente despertando.

Nesta noite de longa tormenta,

vou olhando a cama dormir...

Angelo Dias
Enviado por Angelo Dias em 09/10/2021
Reeditado em 09/10/2021
Código do texto: T7359979
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