As vezes, é muito difícil
fazer o papel traduzir emoções.
As vezes, muito às vezes,
me embriago e nada concluo.
Ideias em versos que se perdem....
Corriqueiramente na cidade assisto
a vida.
Muitas, passadas dentro de mim,
busco guardar tais emoções,
se o cotidiano não roubar o momento.
Porém, quase sempre essas ideias
se perdem.
A noite a lua rompe, subindo
a madrugada.
Exalo espirais de fumo e imagens
se formam.
Mas, por ser fumaça somem, se transformam.
Ademais nos dias que passam,
atravesso ruas, visito praças.
Vejo pessoas, convivo, converso com estranhos de múltiplas idades...
E revisito sempre as mesmas fotos
que guardo na carteira.
Pois, teimo relembrar o passado.
A vida de forma simplória, atravessa o tempo.
Urgindo sua velocidade, supra-sentimentos.
Alguns descem do vagão precocemente, outros não...
E isso, ora!
Isso me traz um carrilhão de saudade.
04.11.21