A Moça à beira do rio

Noite de Lua Cheia, surgia formosa e gentil

De que canto vinha, ninguém sabia dizer

Flores no cabelo, sorriso juvenil

Causava atropelo, todos queriam ver

Fazia inveja ao Luar, iluminando o rio

Parece flutuar, talvez viesse dos seixos

Tímida e nua, faz caírem os queixos

Arrepia a pele Será medo ou terá frio?

Caminha mansamente, atiçando os cios

Desejosos de carinho, lençóis macios

Corações vazios buscando novas paixões

Prometem ilusões em rimas e canções

Sonham radiantes prazeres indecentes

Oferecem carruagem, bombons, presentes

Falsos brilhantes, douradas bijuterias

Castelo, criadagem, finas pratarias

Ignora as mentiras, faz ouvidos moucos

Horizonte clareia, Sol chegando aos poucos

A Lua Cheia, lentamente, saindo “à francesa”

Ela, de repente, some na correnteza

Pedro Galuchi
Enviado por Pedro Galuchi em 23/11/2021
Reeditado em 25/11/2021
Código do texto: T7392261
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