Rosas no quintal

Não sabemos quase nada

Na verdade, nada sabemos

Porque o que se esconde na palavra

Se revela com o tempo

Porque no teu olho, areia

Na mão, o vento serpenteia

Vida de passagem

Luz, esperamos na chegada da viagem

A cada passo uma vontade

Um argumento da idade

De crescimento e sabedoria

No silêncio atrás da porta

a luz da vela, a oração

A certeza que se esvai

A certeza que invade

A tristeza que se cala

A beleza que grita amor

Não sabemos mas queremos

Se queremos, nós crescemos

Sua mão na minha mão

Nada sabemos - luz da lua

Luz do sol

Outro dia, nova folha

Miosótis, flor-de-liz

Exóticas e distantes

Minhas rosas no quintal

Felicidade em vasos

Não sei dos seus olhos

Mas sinto o seu cheiro

E minha alma que nada sabe

Ansiosa pressente a sua

Valéria Britto
Enviado por Valéria Britto em 17/11/2007
Código do texto: T740795
Copyright © 2007. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.