Rosas no quintal
Não sabemos quase nada
Na verdade, nada sabemos
Porque o que se esconde na palavra
Se revela com o tempo
Porque no teu olho, areia
Na mão, o vento serpenteia
Vida de passagem
Luz, esperamos na chegada da viagem
A cada passo uma vontade
Um argumento da idade
De crescimento e sabedoria
No silêncio atrás da porta
a luz da vela, a oração
A certeza que se esvai
A certeza que invade
A tristeza que se cala
A beleza que grita amor
Não sabemos mas queremos
Se queremos, nós crescemos
Sua mão na minha mão
Nada sabemos - luz da lua
Luz do sol
Outro dia, nova folha
Miosótis, flor-de-liz
Exóticas e distantes
Minhas rosas no quintal
Felicidade em vasos
Não sei dos seus olhos
Mas sinto o seu cheiro
E minha alma que nada sabe
Ansiosa pressente a sua