Do alto do deliro

Do alto do deliro

O poema suava

Rochas de feltro

Castigavam seu rumo

Migalhas de amor

Pitadas de rebeldia

Antecipavam o marco

No qual ele o poema

Navegava inerte

Mas entre instantes

Em que pedras se erguiam

E a vida ficava

Como se fosse

Mero rastro

O poema em sua

Amorfa insignificância

Brilhava firme

Dizendo: gente

Na brevidade

Somos tempo

Infinitos sóis

A dedilhar esperança

Paulo Luna
Enviado por Paulo Luna em 04/01/2022
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