SILÊNCIO!

Francisco de Paula Melo Aguiar

É a ausência absoluta de ruído.

Noturno, vespertino e matutino.

O falar agora ou calar para sempre, se permitido.

Em público ou em privado, cabotino.

É o desatino de quem se cala.

Porque prefere assim não falar.

Perante Deus e o mundo não fala.

Assim na Terra, como no Céu e no Mar.

É o não querer desembuchar.

O visto pelo não visto e o dito pelo não dito.

Ante Deus e os homens prefere silenciar.

Nada tem haver com isso ou isto, espinho-de-cristo.

É o excesso de tudo com calma.

O sossego do corpo e do espírito.

E o repouso eterno da mente e da alma.

O silêncio absoluto das paixões do perispírito.

FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR
Enviado por FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR em 16/01/2022
Reeditado em 16/01/2022
Código do texto: T7430507
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