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por todos os momentos em que nada mais sobrava sem ser o silêncio
em que buscavamos pelas sentinelas que tomavam cuidado de nós
abreviando a vida, em contexto de radicalismo social, num animado exercício
de desprezo pelas razões, pela vida em que morríamos de maneira atroz
renascendo em seguida, para sofrer vezes sem fim, num cinzento solstício
é para poucos, apesar de tantas promessas, de fazer e acontecer
a gratidão, os pós que tapam a vista, para sobressair a soberba no precípicio
a cruel necessidade de colocar pés em cima da dignidade, para depois morrer
o que quero adiantar, antes que o mundo chegue ao fim de dias pouco iluminados
e que o sono se torne eterno, num turbilhão de loucuras inimagináveis
é que estou grato por me teres feito chegar aqui, vivo para os que frustrados
queriam que o lodo me envolvesse, a brisa é outra, os dias são mais hábeis