Cachorro magro
Por que outra dança
Se na última eu lhe pisei no pé?
Agora que aprendi a cantar,
Prefiro apenas observar a valsa.
Para que outra noite
Se naquela nem pude ficar
E outro dançarino surgiu
Diante da minha esperança falsa?
Não quero o que nunca foi meu
Pela ciência que nunca o será.
O que de mim sobraria de novo
Após o velho verbo conjugar?
Para que as migalhas
Agora que sei de tantos atalhos?
Guarde a sua curta festa
E suas promessas no bolso da calça.