QUESTIONO-ME (I)

"Se não houvesse as estrelas"

Na existência da vastidão do céu

"Como saberia (eu) o caminho a seguir?"

Vagando ao revel, na escuridão da vida,

Ao ermo, na eterna noite fria e cruel

Seguindo em qualquer rota, sem qualquer direção?

Se não houvesse (DEUS), no âmago dessa grandeza

Tua mão Criadora e Criativa

P'ra pintar estrelas neste imenso breu?

Que iluminasse a face vazia do abismo

Focando Tua luminiscência no astro rei, o sol

A luz que irradia de Teu melhor pincel?

Questiono-me em meu geocentrismo crato,

Em meu egocentrismo barato

Minha megalomania fiada em carretel.

Questiono-me na força de meu pequeno braço

Na ínfima extensão de cada um dos passos

Que dou titubeando na estrada da vida.

E nesses instantes, questiono mais ainda:

"Se não houvesse as estrelas

Como saberia o caminho a seguir?

E vem-me a grandeza da sabedoria:

Se cada uma delas atende a Teu chamado

Pondo-se a luzir o escuro firmamento.

No ventre de minha mãe, chamaste-me o nome

Serei como uma estrela: luz para o mundo

Com o dom que deste-me como meu talento.

Luzindo em cada verso de minha poesia

Honrando-Te nas linhas de uma tela ou no papel

E sempre, a Teu chamado, direi: "Eis-me aqui!"

By Nina Costa, in 09/01/2022.

Mimoso do Sul, Espírito Santo, Brasil.

Nina Costa
Enviado por Nina Costa em 03/02/2022
Reeditado em 12/08/2023
Código do texto: T7444192
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