A humana navalha
Sou a inconseqüência da carne
Misturada com uma dose de verdade
Naquele canto sou eu mesmo
Acima daqueles que podem olhar
Fitando movimentos da janela
Onde tem liberdade sem pretensão
Língua sorrateira
Descubra-me aqui!
A pocilga é o meu lugar
Os teus olhos não me querem
Mais o teu intimo me escraviza
Uma necessidade que não tem fim
Este espaço que meu corpo rejeita
E minha intimidade não para de cortejar
Sinto meus desejos mórbidos
Estourarem como feridas
Para uma consciência ultrapassada
Onde a única alternativa
Seria nunca mais pensar
Deixando o privilégio divino
Para um bando de macacos
Pulando em nosso berço
Com seus lindos ternos
Que acabaram de chegar